quinta-feira, 16 de abril de 2009

Congresso

Terá lugar, na Universidade do Minho, nos dias 9 a 11 de Setembro de 2009 o X Congresso Internacional Galego-Português de Psicopedagogia, co-organizado pela Universidade do Minho e pela Universidade da Corunha. A submissão de propostas de simpósios, comunicações e posters, com apresentação do resumo, encontra-se aberta até dia 30 de Abril de 2009. Para mais detalhes, sobre como se inscrever na Conferência e submeter trabalhos, por favor, consulte a nossa página: http://webs.iep.uminho.pt/xgp
Contacto e-mail: xgp@iep.uminho.pt Saudações cordiais P'la Comissão OrganizadoraBento Silva --- Áreas temáticas do Congresso
1. Conflitos e Mediação Escolar Coord. Emílio Veiga Rio (CEFORE, Corunha)
2. Desenvolvimento Vocacional e Orientação para a Carreira Coord. Neves Arza Arza (Univ. da Corunha)
3. Formação de Professores e Agentes Educativos Coord. Laurinda Leite (Univ. do Minho)4. Formação e Transição para o Mundo de Trabalho Coord. Susana Caires (Univ. do Minho)5. Interacção Família-Escola-Comunidade Coord. Manuel García Fernandez (Univ. da Corunha)
6. Interculturalidade, Inclusão Social e Educação Coord. Juan Jose Bueno Aguilar (Univ. da Corunha)
7. Metodologias de Ensino-Aprendizagem e Desenvolvimento de Competências Básicas em Educação Coord. Ana Maria Porto Rioboo e Rosa Santorum Paz (Univ. da Corunha)
8. Modelos e Práticas de Avaliação Coord. Palmira Alves (Univ. do Minho)
9. Motivação, Aprendizagem e Intervenção Psico-Educativa Coord. Leandro Almeida (Univ. do Minho)
10. Necessidades Educativas Especiais e Adaptações Curriculares Coord. Miranda Correia (Univ. do Minho)
11. Políticas e Reformas do Ensino Superior Coord. Carlos Estêvão (Univ. do Minho)
12. Tecnologias e Comunicação Educativa Coord. Maria João Gomes (Univ. do Minho)
Temas das Conferências: 1. Formação de Professores para a Docência Online (Marco Silva - U. Estácio de Sá, Rio de Janeiro)2. Variables familiares y rendimiento academico: retos de la família en la educación (Julio Pienda - U. de Oviedo)3. Motivacion, Aprendizaje y Rendimiento Academico (Jose Carlos Nuñez Perez - U. de Oviedo)4. Educação, globalização e novas desigualdades. Sentidos de escola e profissionalidade docente (Carlos Estêvão - U. do Minho) Cursos pré-congressos (dia 9, manhã)1. Desenho didático no Moodle para docência e aprendizagem onlineMarco Silva e Edméa Santos (Univers. Estácio de Sá, Rio de Janeiro; Univers. Estadual do Rio de Janeiro)----2. Mediação Escolar: experiências na prevenção e resolução de conflitosElisabete Costa (Univers. Lusófona do Porto)---3. Equações estruturais na investigação educacionalCarlos Nunez (Univers. de Oviedo)----4. Família e rendimento escolarJulio Pienda (Univers. de Oviedo)---5. Situación actual y factores que influyen en la violencia escolarJose Gasquez Linares (Univers. de Almeria)
28-29 de Abril / Centro de Congressos de Lisboa


POR UM MUNDO SUSTENTÁVEL: desenvolvimento e recursos

Nesta segunda edição estará em discussão a Água e o Combate à Pobreza; as Energias Alternativas e o Desenvolvimento Económico e Sustentável; a Gestão dos Recursos e o respeito pelo Meio Ambiente; o Desafio Alimentar; a Eficácia da Ajuda; Saúde e o Desenvolvimento Humano. Entrada gratuita.

Programa: http://www.diasdodesenvolvimento.org

Oganizado pelo Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento: http://www.ipad.mne.gov.pt

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Universidade Nova de Lisboa – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Escola de Verão 2009 – Summer School
Nos próximos meses de Julho e Setembro, a FCSH/UNL realiza a quarta edição da sua Escola de Verão. Trata-se de um conjunto alargado de cursos intensivos e de curta duração, oferecidos por todas as áreas da Faculdade, e destinados a um público diversificado, tanto nacional como internacional. Os cursos estão creditados para estudantes do ensino superior, segundo as normas de Bolonha. Embora maioritariamente leccionados em Português, a Escola de Verão oferece igualmente alguns cursos leccionados em Inglês. Para todas as informações sobre esta iniciativa (cursos, preços, ECTS), por favor, consulte o site: http://verao.fcsh.unl.pt/

Tel: (351) 21 7908383 Av. Berna, 26-C, Lisboa
O atestado médico por José Ricardo Costa

Imagine o meu caro que é professor, que é dia de exame do 12º ano e vai ter defazer uma vigilância.Continue a imaginar. O despertador avariou durante a noite. Ou ficapreso no elevador. Ou o seu filho, já à porta do infantário, vomitou oquente, pastoso, húmido e fétido pequeno-almoço em cima da suaimaculada camisa.Teve, portanto, de faltar à vigilância. Tem falta.Ora esta coisa de um professor ficar com faltas injustificadas écomplicada, por isso convém justificá-la. A questão agora é: comojustificá-la?Passemos então à parte divertida. A única justificação para o facto deficar preso no elevador, do despertador avariar ou de não poder irpara uma sala do exame com a camisa vomitada, amarrotada emalcheirosa, é um atestado médico.Qualquer pessoa com um pouco de bom senso percebe que quem precisa aqui doatestado médico será o despertador ou o elevador. Mas não. Só umadoença poderá justificar sua ausência na sala do exame. Vai aomédico. E, a partir deste momento, a situação deixa de ser divertidapara passar a ser hilariante.Chega-se ao médico com o ar mais saudável deste mundo. Enfim, com o sorriso deJorge Gabriel misturado com o ar rosado do Gabriel Alves e a felicidade do padreMelícias. A partir deste momento mágico, gera-se um fenómeno que só pode serexplicado através de noções básicas da psicopatologia da vidaquotidiana. Os mesmos que explicam uma hipnose colectiva emFelgueiras, o holocausto nazi ou o sucesso da TVI.O professor sabe que não está doente. O médico sabe que ele não está doente. Opresidente do executivo sabe que ele não está doente. O directorregional sabe que ele não está doente. O Ministério da Educação sabeque ele não está doente.O próprio legislador, que manda a um professor que fica preso noelevador apresentar um atestado médico, também sabe que o professornão está doente.Ora, num país em que isto acontece, para além do despertador que nãotoca, do elevador parado e da camisa vomitada, é o próprio país queestá doente.Um país assim, onde a mentira é legislada, só pode mesmo ser um país doente.Vamos lá ver, a mentira em si não é patológica. Até pode ser racional,útil e eficaz em certas ocasiões. O que já será patológico é o desejoque temos de sermos enganados ou a capacidade para fingirmos que amentira é verdade.Lá nesse aspecto somos um bom exemplo do que dizia Goebbels: umamentira várias vezes repetida transforma-se numa verdade. JáAristóteles percebia uma coisa muito engraçada: quando vamos aoteatro, vamos com o desejo e uma predisposição para sermos enganados.Mas isso é normal. Sabemos bem, depois de termos chorado baba e ranhoa ver o 'ET', que este é um boneco e que temos de poupar a baba e oranho para outras ocasiões. O problema é que em Portugal a ficção seconfunde com a realidade. Portugal é ele próprio uma produçãofictícia, provavelmente mesmo desde D.Afonso Henriques, que Deus meperdoe.A começar pela política. Os nossos políticos são descaradamentementirosos. Só que ninguém leva a mal porque já estamos habituados.Aliás, em Portugal é-se penalizado por falar verdade, mesmo que sejapor boas razões, o que significa que em Portugal não há boas razõespara falar verdade. Se eu, num ambiente formal, disser a uma pessoaque tem uma nódoa na camisa, ela irá levar a mal.Fica ofendida se eu digo isso é para a ajudar, para que possadisfarçar a nódoa e não fazer má figura. Mas ela fica zangada comigosó porque eu vi a nódoa, sabe que eu sei que tem a nódoa e porqueassumi perante ela que sei que tem a nódoa e que sei que ela sabe queeu sei.Nós, portugueses, adoramos viver enganados, iludidos e achamos normalque assim seja. Por exemplo, lemos revistas sociais e ficamos derretidos (não falo do cérebro, mas de um plano emocional) ao vermoscasais felicíssimos e com vidas de sonho.Pronto, sabemos que aquilo é tudo mentira, que muitos delesdivorciam-se ao fim de três meses e que outros vivem um alcoolismodisfarçado. Mas adoramos fingir que aquilo é tudo verdade.Somos pobres, mas vivemos como os alemães e os franceses. Somosignorantes e culturalmente miseráveis, mas somos doutores eengenheiros. Fazemos malabarismos e contorcionismos financeiros, masvamos passar férias a Fortaleza. Fazemos estádios caríssimos para doisou três jogos em 15 dias, temos auto-estradas modernas e europeias,mas para ver passar, a seu lado, entulho, lixo, mato por limpar,eucaliptos, floresta queimada, barracões com chapas de zinco, casashorríveis e fábricas desactivadas.Portugal mente compulsivamente. Mente perante si próprio e menteperante o mundo.Claro que não é um professor que falta à vigilância de um exame porficar preso no elevador que precisa de um atestado médico. É Portugalque precisa, antes que comece a vomitar sobre si próprio.-----------------------------------------
URGE MUDAR ESTE ESTADO DE COISAS.ESTÁ NA SUA MÃO, NA MINHA E DAQUELES A QUEM A MENSAGEM CHEGAR!
Eu cantarei de amor tão docemente
por uns termos em si tão concertados,
que dois mil acidentes namorados
faça sentir ao peito que não sente.
Farei que amor a todos avivente,
Pintando mil segredos delicados,
Brandas iras, suspiros magoados
Temerosa ousadia e pena ausente
Camões